domingo, 26 de outubro de 2008

Rappel & Escalada...1ºcontacto

Tive o meu primeiro contacto com um arnês...e desde o primeiro instante soube que ia ficar presa a ele...foi um pedaço de dia bem passado em que aprendi acima de tudo a confiar.


Além de alguns arranhões...saí de lá com uma dificuldade para ultrapassar...um objectivo a superar...e aguardo com expectativa o dia em que vou conseguir escalar acima daquele patamar...

...acredito que será com um sorriso grande que irei festejar a conquista.

O que mais apreciei em tudo foi isso mesmo, a capacidade, a força e a determinação com que se superam obstáculos...mais fáceis às vezes do que aqueles que a vida nos impõe...outras vezes mais difíceis...

Foi a camaradagem, o espírito de equipa, em que a segurança do outro se sobrepõe a tudo...

Foi o contacto com a natureza, o andar descalço sobre as pedreiras, o verde, o som das águas calmas da ribeira...o calor do sol...e o silêncio...

Foi sem dúvida um dia feliz...um teste à resistência...

...em que aprendi que vale tudo, só não vale a pena desistir!

Obrigado mestres pela nova experiência e pelos ensinamentos...

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Da minha aldeia

"Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe
de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos
nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver."

Alberto Caeiro

domingo, 12 de outubro de 2008

@Olhares&Palavras.com/sentido

Há quem escreva sem sentido e há quem escreva sobre o sentido das coisas...da mesma forma há quem escreva com ou para o coração...

Não sei sobre o que escrevo...mas dentro do possível escrevo com alma e escrevo com vida...e quando não posso falar...

Não sei por isso onde as minhas palavras se encaixam na definição...sei que apesar de serem só palavras...significam muitas coisas...com mais ou menos sentido...

Por isso até lá digo-as, sem voz...porque as palavras escritas fazem-se ouvir sem som...

Podem gritar, podem parecer que choram ou que riem, podem fazer um mimo, podem dizer muitas coisas e serem entendidas de um infinito modo ou simplesmente de um modo único...

...depende de quem as ouve...ou lê.

Quando perdi o sentido da vida, encontrei-o...e com ele encontrei o sentido das palavras...ou o sentido nas palavras...

E hoje só quero que elas continuem a sair com a força de uma voz e se sintam...porque apenas as palavras me têm dado sentido... o sentido alegre da vida...

Além de escrever sobre o sentido e as coisas com ou sem sentido...quero um dia também falar com voz...se bem que muitas vezes não é preciso falar para se sentir...porque as palavras assim como o olhar têm um sentido próprio...e não precisam de som para se entenderem.

E depois de estar aqui a complicar e descomplicar num rol de sentidos e falta deles...que fique apenas o escrever como intenção de dizer, e o olhar como intenção de partilhar...

...Momentos que não se vivem mas que se sentem nas palavras...se é que é possível causar sensação em quem as lê...

Acredito que sim.

Por isso fico feliz quando arrancam sorrisos...sinal de que as palavras levam pedacinhos da alma de quem sente, com sentido...

Sinal de que se fazem entender...e que de algum modo sabes que estou a sorrir para ti...e por ti...que me lês...

Obrigado...

...sentido.